quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Aulas de Jump X Varizes


Entendendo o que são as varizes

Varizes são veias dilatadas e deformadas, de coloração púrpuro-azulada, que surgem ao longo das pernas.
De acordo com o Dr. José de Amorim Andrade os portadores de veias varicosas (varizes) têm como queixa principal o desconforto estético. Os sintomas evoluem para dor, peso, cansaço, queimação, inchaço e nos casos de doença venosa mais avançada  pode ocorrer   a formação de feridas.
Já comentei aqui no blog que o coração bombeia o sangue para baixo e os músculos das pernas , principalmente da panturrilha, ao se contraírem ajudam o sangue a retornar para o coração, juntamente com o impacto dos pés no chão, a cada vez que pisamos. Como os músculos da perna não são tão eficientes quanto o coração e ainda por cima contam com a ação da gravidade, as veias por onde esse sangue retorna são dotadas de válvulas que garantem que o fluxo seja em uma só direção. Isso quando essas válvulas funcionam perfeitamente…
No caso das varizes essas válvulas não funcionam muito bem, havendo um refluxo do sangue, ou seja, ao invés de subir de volta ao coração, uma parte do sangue retorna para baixo, acumulando-se com aquele que está subindo, causando a dilatação das veias.
A ilustração abaixo ajuda a entender o que acontece.
varizes funcionamento da veia













Varizes e Aula de Jump

Quando saltamos seja no solo ou na cama elástica (no jump), o impacto causado nos membros inferiores faz com que aumente o fluxo de sangue nas veias e por consequência aumenta também o a exigência das válvulas, conforme explica em seu texto o Dr. José.
Imagine o seguinte:
Quando você faz o impulso para subir, no momento do salto, os músculos da panturrilha se contraem. Para conseguir sair do solo, eles precisam se contrair com uma força maior do que quando você caminha, por exemplo. Essa contração mais forte bombeia o sangue com mais força também, o que favorece a circulação sanguínea.
No momento seguinte seu corpo volta ao solo, gerando o que chamamos de impacto. Impacto como já expliquei (clique aqui para ler) é a força de reação do solo (FRS), ou seja o solo devolve para seu corpo a mesma força que você aplicou sobre ele. Na prática isso significa que aquela coluna de sangue que você mandou para cima faz força para baixo. Faz força para baixo exatamente na válvula que está tentando impedir o sangue de voltar, até a próxima contração que irá mandá-lo para cima novamente.
Aula de jump não causa varizes, ao contrário pode ajudar na prevenção a medida que exige um trabalho contínuo dos músculos da perna, favorecendo o fortalecimento deles e tornando-os mais eficientes nessa função de bobear o sangue para cima. Contudo é possível que algumas pessoas notem o aparecimento de varizes após iniciarem o treinamento com jump. Isso ocorre pois já havia uma predisposição para o aparecimento das varizes, as válvulas já não estavam funcionando muito bem e o aumento no fluxo de sangue causado pela prática do exercício também aumentou o refluxo, como expliquei acima, fazendo com que aparecessem as varizes.
Respondendo à tão esperada questão:  quem tem varizes pode fazer aula de jump?
De acordo com o que o Dr. José de Amorim Andrade explica no seu texto, quem tem varizes pode  fazer aula de jump!!! Como também já foi falado aqui, inúmeras vezes, o impacto gerado ao saltar no jump é menor do que aquele gerado ao saltar no chão. Ele equivale a aproximadamente ao impacto da corrida, segundo estudos biomecânicos em plataforma de força. Sendo assim saltar no jump é melhor, para quem tem varizes, do que pular corda, por exemplo.
Apesar dos exercícios feitos nas aulas de jump representarem um contribuição negativa para aqueles que já têm varizes o Dr, José explica que sempre sugere a utilização de meias elásticas apropriadas, pois elas auxiliam no funcionamentos das válvulas. De qualquer forma ele alerta: “As meias elásticas devem ser prescritas por profissional experiente. Adquiri-las de forma aleatória em lojas especializadas pode representar um risco na medida em que essas meias devem respeitar critérios de medida, tamanho, pressão, etc.”


Read more: http://www.fiqueinforma.com/qualidade-de-vida/varizes-e-aula-de-jump/#ixzz2KCgwst8F

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dica do Dia

Sua dieta deve ter um intervalo de  3h entre as refeição, e as refeições devem ter aproximadamente 60% de carboidrato, principalmente para todos que querem emagrecer, pois na baixa disponibilidade do mesmo , nosso organismo vai usar a proteína e não a gordura como fonte de energia.

sábado, 5 de janeiro de 2013

A Lenda Do Abdominal Infra

É muito comum em praticamente todas as academias vermos pessoas realizando vários exercícios diferentes para a musculatura abdominal, sob pretexto de que um para tal região e o outro para uma região diferente, e aí vemos pessoas deitadas no chão levantando as pernas e achando que estão esculpindo seu tronco.

Em primeiro lugar gostaria de esclarecer que o reto abdominal que tem origem nas 5°, 6° e 7° costelas e inserção no púbis, se considerando que a origem é sempre proximal e a inserção distal, é um único músculo!

Portanto, quando ele se encurta (contração isotônica concêntrica) ele se contrai como um todo, não existe a possibilidade de se dividir o músculo em “infra” e “supra” como alguns professores teimam em alardear por aí.

Imagine se seria possível contrair uma metade do bíceps em um exercício e a outra metade em outro.

O exercício que tem o status de trabalhar o “infra-abdominal” onde em decúbito dorsal (deitado de costas) o aluno realiza uma flexão de quadril (puxa as pernas em direção do tronco) na verdade, a ação muscular desse movimento é caracterizada por ação isotônica (com alteração no comprimento do ventre muscular) dos músculos psoas ilíaco e reto femoral e com ação isométrica (sem alteração no comprimento do ventre muscular) do reto abdominal, oblíquos internos e externos.

Nesse momento alguns espertos poderão dizer que estou sendo discrepante e que o exercício é para o abdômen, então esses espertos terão de admitir que a extensão de cotovelo a partir de uma polia alta (tríceps pulley) é um exercício em que se visa o abdômen, pois tanto no tríceps pulley quanto na flexão de quadril “infra” o abdômen está se contraindo isometricamente. Em ambos os casos os músculos abdominais agem como estabilizadores e não como motores do movimento.

Outro ponto que merece relevância é o fato de que um músculo quando se contrai, ele não sabe onde é origem nem inserção, não sabe onde teria de ser o ponto fixo e o ponto móvel.

Isso é particularmente importante quando se trata do psoas ilíaco, pois ele tem origem nas superfícies ântero-laterais de T12 a L5, ou seja, na coluna lombar e inserção no pequeno trocanter, região proximal do fêmur. Portanto, quando encurtado o psoas ilíaco puxa a coxa para cima (flexão de quadril) mas também puxa a coluna lombar para frente, isso provavelmente não terá repercussão se realizado com pouca ou nenhuma carga e com pouca freqüência, no entanto para aqueles aficionados pelo abdômen que realizam treinamento exaustivo com muita sobrecarga ou que estejam em período de crescimento, existe considerável probabilidade de que se desenvolva uma hiperlordose e quadros de lombalgia, sem falar na possibilidade de herniação de disco .

Portanto, se você quer realizar um bom trabalho para a região abdominal, faça como os culturistas, a grande maioria realiza apenas a flexão de tronco contra a gravidade, o velho e conhecido abdominal (aquele no chão mesmo e sem aparelhos engraçados), se realizado com volume e intensidade adequada, não precisará de mais nada. No entanto, se o seu professor teima em lhe passar diversos exercícios para a região abdominal, dizendo que um é para isso e outro para aquilo, provavelmente ele só está querendo parecer que entende muito, ou então não sabe nada, ou o mais provável: os dois! 


Texto escrito por José Vilar

Luiz Fernando Diniz Gomes






A Importância dos Alongamentos


Afinal o que é alongamento? E flexibilidade? Flexibilidade é a medida de quanto uma articulação de nosso corpo pode se movimentar, e alongamento é o conjunto de técnicas que usamos para manter ou melhorar nossa flexibilidade. Então já sabemos que é errado dizer que nosso alongamento é muito bom, na verdade nossa flexibilidade é que é muito boa.

Em todos os lugares onde vemos informações sobre atividade física sempre ouvimos dizer que os alongamentos evitam lesões! Será que isto é realmente verdade? Bem vamos nos ater aos fatos. Os alongamentos não evitam lesões, na verdade como já foi dito eles somente vão manter ou melhorar nossa flexibilidade, porém quando temos nossa flexibilidade diminuída, ou seja, quando temos algum encurtamento muscular, isto sim pode causar uma lesão. Quando nós precisamos utilizar uma musculatura que está encurtada, ela pode não ser tão eficiente como quando não estava encurtada, e quando precisamos “esticar” um pouquinho mais uma perna e junto com este movimento “esticar” também o músculo, podemos ter uma lesão porque ele está encurtado.

Então como podemos ver os alongamentos são realmente necessários, pois sem eles nossa flexibilidade vai diminuir, e então estaremos mais propensos a ter uma lesão, e não queremos ter que abandonar nossa pelada, nossa corrida de final de semana ou qualquer outra atividade por causa de uma lesão. Então vamos pensar um pouco mais fundo! Será que somente aquele alongamento de 5 a 10 minutos no domingo de futebol vai manter nossa flexibilidade? Provavelmente não, o ideal é se alongar pelo menos 3 vezes por semana, melhor ainda se fosse todos os dias, 5 minutos de alongamentos por dia podem fazer milagres, mas se realmente não for possível, não podemos deixar de forma nenhuma de nos alongarmos antes e depois de nossas atividades físicas, afinal um pouco de alongamento é melhor do que nada e não faz mal a ninguém.
 
Luiz Fernando Diniz Gomes